quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Capítulo XV - QUE ACONTECERÁ COM O PERISPÍRITO?






XV
QUE ACONTECERÁ COM 
O PERISPÍRITO?

A capacidade de metamorfose, ou transformação do carro da alma, ou perispírito, é total.

O homem-padrão, do presente estágio, atingiu sete coroas energéticas, contendo cada coroa um chacra, plexo ou centro de energia, que facultam o funcionamento dos sentidos físicos e das faculdades mediúnicas.

Não existe sabedoria humana para medir as profundezas, em graus e matizes, daquilo que é o perispírito, considerando a imensidão das gradações hierárquicas espirituais. Quando muito, bons videntes podem dizer algumas coisas, pois com a evolução dos espíritos tudo marcha para o DIVINO, difícil de ser visto e explicado pela palavra humana. Em outros livros e trabalhos, apresentamos muitas outras explicações, sobre muitas outras realidades espirituais.

O chamado espírito-bloco é um conjunto de centelhas ainda em estado de embrião ou germe. É nesse bloco ou conjunto que se movimentam as partículas espirituais, até formarem, cada uma delas, pelo menos três coroas, que são três recursos, três ferramentas, ou já três meios de atuação no mundo exterior. Quando assim estiver a centelha, ou estiver o bloco de centelhas, está pronto a começar a libertação de cada uma. A irmandade então se vai espalhar, para cada uma ter vida mais livre, enfrentar o mundo exterior e organizar as coroas que lhe faltam. É o mergulho nos níveis mais elevados da escala biológica, embora apenas larval ou filamentosa, e que se dá nos lagos, fundos marítimos, florestas ou lugares ainda de elevado teor de umidade e bolor. É muito pouco, comparado com o homem primata, porém é muito caminho andado, depois de ter saído da Essência Divina. Já tem três coroas e, em cada uma, um centro de energia especificada, um chacra em formação ou desenvolvimento.




A chegada nas sete coroas energéticas e nos sete chacras teve por base o curso através de vastíssima gama biológica, isto é, necessidade de acionar órgãos e membros cada vez mais complicados, inclusive o andar em pé ou sobre os membros traseiros. Porque, só as coroas energéticas nada conseguiriam, e o carro da alma, o perispírito, nada seria sem as coroas e os centros de energia, os verdadeiros subcomandos da centelha. Falar em espírito, perispírito e corpo é apenas iniciatório ou preliminar, nada mais.

No primata as sete coroas e os sete chacras e, quando encarnado, os sete plexos, encontram-se prontos, porém como germes ou embriões. Tudo é potencial e a marcha no rumo da edificação intelecto-moral irá ter início, para se desenvolver no curso de muitos e muitos milhares de anos, com sujeições a altos e baixos, triunfos e quedas, encarnações e desencarnações, condições e situações a serem enfrentadas, necessidades a serem vencidas, ansiedades a serem resolvidas, etc. É a consciência que se forma, porque é a centelha que se amplia, dilata, agora com muito mais ligeireza, porque a razão cada vez mais se expressa, tangida pelos acontecimentos, impelida pelas necessidades.

Um dos fatores de impulsão é o fenômeno dor; ele é pri-meiro advertência, depois passará a expiação. Em condições normais jamais haverá dor; mas as anormalidades provocar-lhe-ão a manifestação, e a continuação da anormalidade fará com que suba de intensidade. Deveria ser simples perguntar sobre a origem da dor em suas primeiras manifestações, e saná-las, para evitar o aumento. Entretanto, diremos que ela trabalha, faz a sua parte, mais tarde ou mais cedo vence, porque o espírito com ela terá que aprender, custe mais ou custe menos, na encarnação ou fora dela. O fator necessidade, tão pouco lembrado, é outro grande fomentador de crescimento anímico ou consciencial. Ao compasso dos milênios, crescem as centelhas e evoluem as comunidades. Poucos são vanguardeiros, a maioria é inter-mediária, um bom número é retardatário. Visto do alto, o diagrama é preciso, mostra os escalões todos. E a Justiça Divina, que de dentro faz Justiça, funciona e impõe-se. Uns recebem pelo melhor feito, outros também recebem, porém pelas más obras, em termos de trevas e dores, de encarnações dolorosas, expiatórias. Aparentemente os rumos divergem, mas na realidade o rumo é um só: autocristificação!




Todas as humanidades embrionárias recebem, quando chega a hora, injeções civilizadoras. São legiões alijadas de outros mundos, são punidos da Justiça Divina que, uma vez purgados bastante nas trevas, em seu seio encarnam e forçam ao progresso. Eva recebe Adão, e seus filhos se revelam mestres, artistas, cientistas, santos e profetas. De permeio, de longe em longe, um Imediato do Cristo Planetário encarna, aqui e acolá, para uma Revelação Maior.

Quando o grau de elevação intelecto-moral está apto, um Código de Conduta é transmitido e, logo mais, um Divino Molde é fornecido pelo Criador. Antes de ser Moisés, o mesmo espírito transmitira a Lei no seio de outras raças e povos, até a mesma ficar radicada, e sempre através da Revelação, da comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas. A seguir, o Diretor Planetário encarnou e a Divina Modelagem foi deixada. E com ela a Generalização da Revelação, da Graça do Céu que tem por função advertir, ilustrar e consolar. Como Síntese Geral, o Cristo é a imagem da Origem Divina do espírito, do Processo Evolutivo, da Sagrada Finalidade, do Batismo de Revelação e da Ressurreição Final do espírito. Não é de religiões e farisaísmos, é da VERDADE. A Lei e o Cristo Modelo são as testemunhas inamovíveis de Deus!

Como começou de dentro para fora a formação das coroas, chacras e plexos, de fora para dentro começarão as sublimações a se tornarem realidades. As coroas energéticas, que obedecem aos comandos imediatos do espírito, imporão luminosidade e brilho aos chacras, e estes ao perispírito, que se irá eterizando cada vez mais. Milhares de anos passarão, mas um dia a caminhada terá encontro com a solução: uma centelha estará cristificada, plenamente exposta através da primeira e única coroa, que é Luz Divina Individuada! Os discípulos igualaram o Divino Molde, tornaram-se Unos com o Pai no Templo Interior! Do Verbo Divino tomaram lições e a Verbos Divinos chegaram!




AS COROAS ENERGÉTICAS E SUAS COLORAÇÕES

Ninguém é e existe porque quer, senão por Deus, que manifesta ou cria, sustenta e destina. Portanto, quem é e existe, estagia em um grau da escala evolutiva, contém em si o que já realizou ou evoluiu, devendo, ainda, evoluir até o Grau Crístico ou de Unidade Vibratória com a Divina Essência Geradora, que é Deus.

É muito fácil compreender que, sendo, existe, e, existindo, deve estar em algum lugar, fazendo alguma coisa e para algum fim. O grau de CONSCIÊNCIA DA REALIDADE varia quase que ao infinito, mas um fim a todos é determinado, pelas leis eternas, perfeitas e imutáveis de Deus. O que importa, portanto, é chegar o mais breve possível a um grau ponderável de CONSCIÊNCIA DA REALIDADE, para daí em diante tornar mais fácil a marcha autocristificadora.

Cumpre não olvidar que, uma vez atingido esse ponderável grau de CONSCIÊNCIA DA REALIDADE, também atingiu o espírito um mais elevado grau de RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL. Em face da Justiça Divina, jamais haverá direitos sem deveres. Quem chegou a se reconhecer um semideus, que arque com suas responsabilidades, que preze o já feito e o por fazer!

O mapa cromático que apresentamos diz respeito ao homem-padrão, o tipo médio da época presente, quando nos horizontes históricos do Planeta fulgura a entrada na maturidade, ou segunda meia-idade, com a separação entre cabritos e ovelhas. Mas é o espírito equilibrado, harmônico dentro do seu grau evolutivo, isto é, sem marcas cármicas negativas, sem manchas e sem dessimetrias, isso tudo que, no encarnado, gera aleijões, doenças pertinazes, chagas, dolorosas conjunturas morais, etc:




a – Nas profundezas iniciais da centelha forma-se lentamente a primeira coroa, que é Luz Divina individuada ou particularizada. Entretanto, no interior ou lado de dentro é muito mais brilhante, sendo no lado de fora fosca ou menos brilhante. Parece um todo compacto, mas é escamada, apresentando o seu diagrama;

b – A segunda coroa a se formar, nos milhões de anos, é amarela brilhante, sempre mais brilhante por dentro e menos por fora, pois terá que, em virtude de penetração no mundo exterior ou mais denso, oferecer meios de contato;

c – A terceira coroa a se formar é alaranjada, sempre mais brilhante por dentro e menos no exterior;

d – A quarta coroa é solferina ou roxa-clara, sempre mais brilhante por dentro e menos por fora, já se apresentando com mais largura ou dilatação;

e – A quinta coroa é azulina, sempre mais brilhante por dentro e menos para o exterior, e com mais largura;

f – A sexta coroa é verde-clara, sempre mais brilhante por dentro e menos por fora, e mais dilatada;

g – A sétima coroa é cinza-clara, sempre mais brilhante por dentro e menos por fora, e mais dilatada, pois é a fronteira do espírito ou da centelha para com o mundo físico ou exterior.












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